AUTOCONHECIMENTO E PERCEPÇÃO SÃO FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO

Vou começar este artigo fazendo uma afirmação que pode soar um tanto estranha à primeira vista:
As pessoas não conhecem a si próprias.
 Daí a indagação: Mas como isso é possível se convivem consigo mesmas o tempo todo?!
 Afirmo isso pelo que tenho vivenciado ao longo de anos de trabalho e ficou cada vez mais evidente  que uma boa parte delas “pensa” que se conhece, o que é muito diferente de realmente se conhecer. E, até mesmo, quando apresentam certo conhecimento de si mesmas não conseguem ter a percepção do impacto das suas ações no ambiente organizacional.
Esses dois pontos são fundamentais e fazem toda a diferença... 


 ...no alcance do sucesso profissional, e, com certeza, você, caro leitor, entenderá.
Muitos profissionais com um bom potencial perderam grandes oportunidades por não conseguirem identificar, em si, determinadas falhas. E posso dizer que não é pequeno o número de empresários e executivos que deixaram de fechar bons negócios, pelo simples fato de não terem consciência de determinadas deficiências e equilíbrio emocional.
Essas situações não deveriam mais preocupar, pois existe uma grande diversidade de treinamentos e técnicas para desenvolvimento, sem contar com a novidade mais recente do mercado, o Coaching, poderoso processo de desenvolvimento comportamental.
Mas, você deve estar se perguntando: Com todas essas opções por que não se percebem as mudanças e os profissionais continuam insistindo em seus erros?
É muito simples! Vamos juntos entender como isso funciona e ainda vou apresentar ferramentas que o ajudarão vencer o grande obstáculo impedidor do sucesso: a ausência de autoconhecimento e de percepção.
 Primeiro é importante entender o que significa cada ponto dentro do contexto organizacional, para depois entender como desenvolvê-los através de importantes ferramentas.
 Autoconhecimento
 É a capacidade que a pessoa tem de estar constantemente consciente dos seus pontos fortes e fracos, das suas reações mediante as adversidades, das suas limitações, do seu temperamento, dos seus comportamentos e atitudes.
O autoconhecimento favorece o equilíbrio e alto desempenho.
 Percepção
 A percepção, aqui tratada está ligada à capacidade de perceber como as ações, comportamentos, decisões e a comunicação afetam e influenciam o ambiente organizacional e os negócios.
Alguns profissionais têm o autoconhecimento, mas comprometem seu desempenho por não conseguirem perceber o resultado de suas ações.
O principal papel dos líderes, nas empresas, consiste em influenciar os colaboradores em relação aos objetivos e despertar a motivação dos mesmos. Isso se torna muito difícil quando o líder não percebe o impacto de suas ações, pois resta sempre, depois de insucessos, atribuir a culpa às pessoas, já que o líder, não consegue perceber que ele próprio é influência direta no desempenho dos colaboradores.
 Mas o que fazer?
 Perante a ausência dessas duas competências fundamentais que falamos logo acima, recomendo duas ferramentas capazes de anular a ausência do autoconhecimento e da percepção que os ajudarão a desenvolver-se:
 Feedback
 Essa poderosa ferramenta permite levar ao conhecimento de cada um, o quanto os seus comportamentos e atitudes estão afetando os demais, seja individual ou coletivamente. Quando recebido de forma adequada consegue despertar a percepção e tem condições de avaliar melhor o impacto do seu comportamento no ambiente, no grupo e nos negócios, uma vez que é informado de alguns aspectos que até então lhe passavam despercebidos. A partir dessa avaliação, pode-se modificar o comportamento com objetivo de otimizar seu desempenho e consequentemente  seus resultados.
 Autocrítica
  Refere-se à capacidade interna do indivíduo de realizar a crítica sobre  si mesmo. Ela implica na análise de seus atos, da sua maneira de agir, dos erros cometidos e das possibilidades de realizar uma autocorreção.
Normalmente as pessoas estão tão mergulhadas na rotina e preocupadas em ver no outro, os defeitos que lhe são inerentes, bem como em julgar os seus semelhantes, esquecendo-se de olhar para si mesmo e realizar um exame minucioso de suas próprias atitudes e consequências.
Deve-se “questionar” se os conceitos estão totalmente certos, se realmente tem agido da melhor forma, se o desempenho e a liderança não poderiam ser melhorados e, daí por diante, numa sucessão de questionamentos objetivando uma mudança sustentável.
 Para que as duas ferramentas funcionem é preciso desempenhar uma postura humilde e flexível. Essas posturas exigem coragem. Tenho percebido que os profissionais que trilharam por esse caminho são diferenciados e alcançam a realização no que fazem. Concordo que não é uma tarefa muito fácil mas, indispensável para o sucesso profissional. Vale a pena tentar!

André Riemma